quarta-feira, 27 de julho de 2011

O QUE É A VIDA por ERWIN SCHRÖDINGER - I capa e orelhas

LIVRO: "O QUE É VIDA? - O ASPECTO FÍSICO DA CÉLULA VIVA" (1943)
seguido de "MENTE E MATÉRIA" (1956)
e "FRAGMENTOS AUTOBIOGRÁFICOS" (1960)
DE: Erwin Schrödinger
ED: Fundação Editora da UNESP (Brasil, São Paulo: 1997, 194 págs.) e Cambridge University Press
Título original: What is life? with Mind and Matter and Autobiographical Sketches
Tradução do inglês: Jesus de Paula Assis e Vera Yukie Kuwajima de Paula Assis
Capa: Lucio Kume
Palavras-chave: biologia, filosofia, biologia molecular, mente e matéria

ORELHAS
A presente obra é de autoria do eminente físico Erwin Schrödinger (Prêmio Nobel, 1933) e consiste de um já clássico ensaio sobre a "origem da vida", seguido de um não menos importante estudo sobre "a mente e a matéria" e complementado por "fragmentos autobiográficos". Tendo se tornado uma das maiores autoridades no campo da Teoria Quântica e possuidor daquela ótima cultura em humanidades (filosofia, ciências, história) propiciada pelas universidades europeias (no caso, a de Viena), Schrödinger não tardou em se dar conta de quão importante seria a tentativa de interpretar e conjecturar a vida em termos dos conhecimentos da química e da física, com ênfase nos aspectos quânticos e termodinâmicos dessas duas disciplinas. Com sua privilegiada inteligência, não lhe foi difícil absorver os resultados da pesquisa biológica de ponta, sobre estudos nas áreas de genética, biofísica e neurociências, com que fundamenta muito da sua argumentação. Assim, uma das suas preocupações foi a questão da redutibilidade dos fenômenos biológicos a fatos físico-químicos, e, embora físico, ele não se excede e reconhece que a vida é demasiadamente complexa, tornando ainda precária essa redutibilidade. Como os biólogos (mas também psicólogos e antropólogos) eram importantes destinatários da obra, Schrödinger procurou minimizar a linguagem físico-matemática empregada. Destaquem-se, no primeiro livro, o enfoque dado à ordem e à entropia ante o fenômeno da vida e uma abordagem da polêmica determinismo X livre arbítrio; no segundo, são tratados temas como a base física de consciência, a unicidade da mente; e, no terceiro, o autor se entrega a reminiscências, num relato por vezes tocante. Embora escrita há mais de três décadas, de modo algum a obra pode ser considerada datada, tal a perenidade dos assuntos tratados e o valor dos conceitos emitidos.
Por Erasmo G. Mendes.

COLABORAÇÃO: ALEXANDRE

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